domingo, 5 de agosto de 2007

O VELHO MONGE




O Rio Parnaíba nasce na distante Chapada das Mangabeiras numa altitude de 700 m, e escorre por, aproximadamente, 1.344 Km, prestando-se como fronteira natural entre os estados do Maranhão e do Piauí, até desembocar em um belíssimo Delta no Oceano Atlântico. No percurso, permeado de corredeiras e de remansos, recebe importantes tributários: Balsas; Uruçuí-Preto, Gurguéia e Canindé.

Quase que inteiramente navegável, o Rio dos Tapuias foi, e continua sendo, importante fator de desenvolvimento humano e econômico do Maranhão e do Piauí. Na atualidade avulta-se o turismo e o lazer. Aqui, como alhures, o progresso se fez a um preço caro demais. Ainda que não esteja em fase terminal, o Velho Monge, em alguns trechos, está muito doente e é objeto de preocupação da Sociedade e do Estado.

Na esfera social, ambientalistas, ecologistas, poetas e toda sorte de ativistas empunham suas bandeiras para denunciar a agressão e defender o Rio das Garças, v g:

http://www.albertaraujo.recantodasletras.com.br/audio.php?cod=4415

http://www.cefetflo.edu.br/uned-floriano/index.php?option=com_content&task=view&id=140&Itemid=35

No plano Estatal, “a despoluição do Rio Parnaíba é a principal medida prevista pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de saneamento para o estado do Piauí. Ao todo serão investidos R$ 365,2 milhões na área de saneamento e na urbanização de favelas no estado. Desse total, o Governo Federal aportará R$ 321,8 milhões. A contribuição das prefeituras (R$ 23,3 milhões) e do governo estadual (R$ 20,1 milhões) somarão mais de R$ 40 milhões” (http://jbonline.terra.com.br).



segunda-feira, 2 de julho de 2007

RESTAURANTE FLUTUANTE

No início da década de 60 do século passado, um grupo de bon vivants, que costumava aproveitar, nos fins de semana, o banho das praias que formavam no Rio Parnaíba (coroas), resolveu criar um ponto de apoio para seus entretenimentos. Sobre tambores de óleo vazios, montaram uma leve estrutura de talos de buritís (bar e cozinha), que era rebocada até às coroas – logo foi denominada de Flutuante.

Em meados daquela mesma década, José Garcia Maia adquiriu o Flutuante e ampliou as instalações. Substituiu os tambores por grandes caixas de madeira e as divisórias de buritís por madeira serrada. Como já estava famoso o peixe que ali era preparado e para incrementar o cardápio, trouxe o Mestre-Cuca Baiano, cozinheiro famoso, que aumentou o bom conceito do restaurante. Ainda hoje, existe no menu o prato que o imortalizou – Filé à Mestre-Cuca.

No começo dos anos 70, Garcia se muda para o Maranhão e passa o comando do Flutuante para o seu sogro, Adelmar de Sousa Lima, que ali já trabalhava. Desde então, o famoso restaurante, é gerenciado por ele e por seus familiares.

Na atualidade, o Flutuante está enredado em uma Ação Civil Pública (ACP no 2000.3419-0), movida pelo Ministério Público Federal, em conjunto com o Ministério Público Estadual, União e IBAMA, em face do Município de Floriano (PI) e outros, onde se reivindica seja desocupada área de 200m ao longo da faixa direita do rio Parnaíba em Floriano - PI, contados para a terra, a partir da margem, numa extensão de 9.000m de comprimento, compreendendo a área urbanizada de Floriano, do Riacho da Canoa - sentido Norte, até o Clube Beira-Rio - sentido Sul, “bem como de um estabelecimento comercial flutuante que funciona sobre a própria lâmina d’água do rio”.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Cais da Beira-Rio


O Cais do Porto da cidade de Floriano (PI), em épocas passadas, tinha apenas a função primordial de qualquer porto: atracadouro de embarcações e local de embarque e desembarque de passageiros e mercadorias que circulavam pela grande via fluvial que é o Rio Parnaíba. Decerto, que as mercadorias que ali chegavam eram, também, comercializadas por lá mesmo.

Com o tempo, foram se desenvolvendo atividades de serviço e lazer não só para os passantes, como, também, para a população local. O certo é que o cais se tornou o principal ponto de diversão de Floriano (PI), especialmente no que respeita a vida noturna, transformando-se no principal cartão-postal da cidade e que tem o Restaurante Flutuante como seu ícone.

Na atualidade, embora se perceba certa decadência, a beira-rio continua sendo um importante local de recreação dos florianenses e visitantes. É no cais onde o carnaval mais famoso do Piauí se agiganta. É para lá que, na Festa de Momo, milhares de pessoas se deslocam e se divertem, incansavelmente, até o alvorecer.


A foto acima foi feita durante o Carnaval de 2007.

domingo, 24 de junho de 2007

Praça Dr. Sebastião Martins.

Em toda cidade do interior tem a praça da igreja. Em Floriano a praça é denominada Dr. Sebastião Martins, em homenagem ao médico e político da nossa terra.

Ser humano extremamente caridoso e altruísta, reza a lenda que Dr. Sebastião Martins, depois de atender uma pobre parturiente, verificando que a mesma não tinha sequer um trapo para agasalhar o recém-nascido, não teve dúvidas: retirou sua camisa e abrigou o bebê.

Em 2001, ano do centenário do seu nascimento, o Município de Floriano (PI) prestou uma homenagem ao ilustre cidadão, afixando, no pedestal da sua estátua, uma placa, tão bonita quanto dispendiosa, onde está averbado: “viveste um pouco mais do que meio século, mas tua memória e tua bondade ultrapassam os estreitos limites do tempo, pois são eternas.”

No mesmo pedestal, pode-se ver, ainda, uma pequena placa com a seguinte inscrição: “não desperdicei minha faculdade humana de doação total, para amar esta comunidade até o fim.”

Hoje, domingo – 24 de junho de 2007, ao fazermos a foto que ilustra este blog, ficamos bastante entristecido, pois constatamos que a estátua do bom homem havia sido vilipendiada, com resto de bebida, por algum ignóbil.


sexta-feira, 22 de junho de 2007

Estação das Jitiranas


Em maio próximo passado, teve início a estação das flores.

Aqui, como em outros lugares, uma das mais esplendorosas épocas do ano. No campo e nos arrabaldes de Floriano, a floração era abundante.

As Jitiranas, das mais variadas cores e espécies, assinalavam, conforme a crença popular, o fim da estação das chuvas, entre nosso povo denominada de Inverno, mas que, em realidade, se trata do Verão.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Entrada da cidade de Floriano - Piauí.

Foto: Agamenon Pedrosa


Como toda cidade do interior nordestino, Floriano é marcada por forte tradição religiosa. Em homenagem ao Santo Padroeiro, erigiu-se, na entrada da cidade, um monumento a São Pedro de Alcântara.


Muito simples e muito bonito. Além da estátua de São Pedro de Alcântara, tem uma pracinha bem desenhada e acochegante; construída com material de primeira e jardins bem cuidados.


Com o tempo, o espaço que fora projetado como uma capela, transformou-se em abrigo para os transeuntes, pois, durante o dia, são poucos os que ousam sentar nos bancos sob o nosso sol escaldante.